sábado, 24 de janeiro de 2009

Separados no Nascimento

É incrível como São Pedro produz talentos... Podiam-se disfarçar tranquilamente com agasalhos ou túnicas sem que fossem notados... (na verdade pro Russo ainda falta um bocado de cabelo, mas está a caminho)





Padre Marcelo - Padre Alex

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Corrida Maluca


Após inúmeros comentários recebidos nesta redação a respeito da corrida festiva e suas dolorosas consequências para este que vos escreve, o Blog D'Aldeia vem esclarecer tudo (ou quase) o que aconteceu no incrível pega nas escorregadias curvas do curto circuito armado no estacionamento do mais barato, mais barato supermercado na Barra da Tijuca.
Os fariseus, cada dia mais pesados, já reconhecem que está difícil correr atrás da bola e corridas de kart parecem ser uma boa pedida para quem teve que trocar todas as bermudas tamanho 40 para 42 neste verão. Ou nem tanto. Imbuídos de uma rivalidade capaz de arrancar cerveja do sangue de seus concorrentes, os dez pilotos de fim de ano protagonizaram duas corridas viscerais, repletas de ultrapassagens, batidas e quebras: de recordes a costelas. Antes de começar, uma aulinha sobre o que não se fazer na pista não pareceu ter surtido muito efeito. A tensão minutos antes do ronco dos motores só foi quebrada com a inusitada cena de Dudu Joanete tentando colocar, com toda a dificuldade, o maior capacete que a organização da prova arranjou.

Na primeira tomada de tempo, João Tim-Tim já mostrava força e perícia, cravou a pole e deixou que a galera se entendesse nas curvas logo atrás. É, mas ninguém se entendia na corrida que começava, o fair play ficou só na foto. Além de João, Zé Fariseu Nato, com macacão a la pintor de navio, Dudu Capacete, vindo da fórmula Uno, o serelepe Rodrigo Dá Aghora e o duro de bater Tavinho Grampoula revezavam-se nas primeiras posições, pouco ameaçados pelo temido Chuck Vadiagem, no kart assassino. Comendo poeira estavam Diego Barbeiro É, Fábio Paroara, brigando com o kart e Luan, um convidado que não cheirava nem fedia. Fechava o grid o primo adolescente de Zé Fariseu, Felipe Feiosa, o mais leve da pista, com dieta à base da receita masturbiótica passada de primo mais velho para mais novo, parecia que ia surpreender. Mas bastou meia volta para que qualquer boa impressão ficasse para trás, bem pra trás. Na segunda corrida, uma reviravolta em algumas posições, com destaque para a ressurreição de Paroara e Zé Fariseu Nato e a decadência de Dudu e Tavinho.


Raio-X da corrida:

João Tim-Tim (o manco): Mostrou força, boa direção e conhecimento da pista. Não é nenhum João-sem braço. Venceu a primeira bateria e chegou em 3º na segunda. Cravou a melhor volta da corrida, 28,030s. NOTA 9,0

José Fariseu Nato: Um dos favoritos, mas na primeira corrida não performou tão bem, ficando em 5º. Venceu a segunda corrida, após ser favorecido por uma fechada criminosa de Dudu Capacete em João, que beijou a pilastra da penúltima curva quando disputava a primeira posição. NOTA 8,0

Dudu Capacete: Bom desempenho na primeira bateria, quando conseguiu a 4ª posição. O cansaço pesou em seguida, mas Dudu atribuiu ao carro a dificuldade em guiar na segunda bateria. Pode ser, o carro referido não deve ter aguentado os mais de 80 quilos do piloto roliço. Nota 6,5

Tavinho Grampoula: Fez bela primeira etapa, chegado em 2º, já que ninguém esperava lá muita coisa do peso pesado da pista. Era um dos mais constantes na pista e fechava muito bem as portas nas tentativas de ultrapassagem. Semelhante a Dudu Capacete, se arrastou na segunda etapa. Abandonou no meio da segunda prova, com enjôo, de tanto comer poeira e fumaça. Nota 6,0

Rodrigo Dá Aghora: Arrojado, o belo piloto não fez feio em nenhuma das corridas. Muito tenso antes da prova, apelou para a cerveja. Sua melhor colocação foi 3º lugar na primeira bateria. Correu sempre muito próximo do cunhadão e disputou posições de forma acirrada com Capacete e Diego Barbeiro É. Chorão, saiu se queixando muito de ter sido vítima dos rivais kamikases. Nota 7,0

Marcelo “Chuck” Vadiagem: Piloto sem escrúpulos e inconsequente, foi o rei das punições pela comissão de prova. Seu desempenho de mediano a medíocre não chamou mais atenção que sua direção perigosa. Nota 5,0

Fábio Paroara: Protagonizou a fatalidade da noite. Teve uma atuação pífia na primeira bateria, errando muito e quando tentava se recuperar, com o pé embaixo, conseguiu bater muito forte no carro, praticamente imóvel, do novato toma-voltas que passeava no trecho logo após a curva de alta. O carro do primo de Zé serviu de guard-rail para o pobre piloto, que teve seus 5º, 6º e 7º arcos costais fraturados no impacto de 50km/h do seu tórax com a porção lateral do banco. Sem saber que a contusão era séria, correu a segunda bateria muito concentrado e disposto a apagar a melancólica estréia. E conseguiu, quebrou o recorde aldeense marcando a pole (28,550s) e, de quebra, a costela. Chegou em 2º na última bateria. Nota 6,0

Diego Barbeiro É: Um dos mais irregulares. Revivendo os episódios de barbeiragens foras das pistas, lento e pouco competitivo e, por vezes, maldoso, Diego até conseguiu bons tempos nos treinos de tomada de tempo, mas ficou mesmo no pelotão de trás nas duas baterias. Nota 5,0

Luan sem apelido: A exemplo de Paroara, o editor, foi bem somente na segunda corrida. Terminou em 4º. Nota 5,0

Felipe Feiosa: Sua falta de experiência e timidez dificultaram muito sua atuação. Ainda nas primeiras voltas, via-se que o jovem piloto, no afã sexual da idade, podia se apaixonar a qualquer momento por uma das marias-gasolina que assistiam à corrida. Mas ele escolheu os pneus que circundavam a pista. Foram voltas e voltas se atracando com as borrachas. Pelo menos saiu ileso do acidente com Paroara. Sem nota.
Até a próxima! Tragam suas armaduras...