domingo, 1 de fevereiro de 2009

Atrás da Leptospirose só não vai quem já morreu

Foto tremida, mas vocês achavam que uma foto cheia de fariseus fosse ficar boa?

Demorei. Mas foi porque esperei. Esperei até o último momento qualquer sintoma da temida doença mencionada neste título para escrever e fazer piada daquele que foi o churrasco derradeiro de 2008. Não ia ficar legal fazer graça se alguém que caiu na piscina não pudesse ler isso agora.


Ah, demorei também por outros motivos... Ou vocês acham que escrever nestes dias quentes aqui no meu muquifo desclimatizado é fácil? A redação, assim como minha conta bancária, está bem enxuta. Tivemos que dispensar o fotógrafo Pedro Birro e seu tripé avantajado e hoje contamos com a colaboração voluntaria, pra não dizer quase caridosa, de Ju Doida. Mas vale uma bela (ou nem tanto) repórter fotográfica, com seus inusitados ângulos e grandes furos, do que um tripé avantajado que só faz machucar o bolso (e outras coisas também).


Deixa eu ver mais algum motivo para esta demora na atualização... Já sei! Eu procurava criar algo de engraçado em cima deste churrasco, mas não consegui. Não havia o que inventar para tornar mais palatável este post. A história daquele sábado já estava pronta, era engraçada por si só, sem temperar. Se bem que o molho de Rodolphitness talvez precisasse de mais tempero sim.


Basta juntar os fatos...
Quem chegou cedo pôde se deparar com o rato Phelps, um exímio nadador, na piscina central do Parque Aquático da Valeriu´s Arena. Amarradão, o roedor nadava de barriga pra cima e zombava de Valerinho Cusack, que tentava a pauladas nocautear o nojento penetra. Se você caiu - ou foi jogado - na piscina e não sabia disso, fico feliz que esteja lendo agora.
Após atordoar o bicho, Valerinho decepou-o, num movimento que faria qualquer um perder a fome, e saiu exibindo a vítima, pendurada pela comprida cauda e ainda com leves espasmos de agonia, tal qual um caçador orgulhoso e seu abate.

Que tal o reencontro de Jururu com aqueles que o elegeram o fariseu de honra, o dono da cueca que é a verdadeira (e fedorenta) bandeira do movimento dos fariseus? Foi emocionante, o rapaz foi ovacionado... Jururu andava sumido, mas arrumou um bico no caderno esportivo dum jornal bem popular no estado. O problema é que lá ele defende a bandeira do seu time de coração e, como o time caiu, ele também pode ser rebaixado para um jornaleco de R$ 0,50.

Aliás, acredito que esta festa tenha fechado a discussão em torno do fariseu e fariséia do ano que passou. Crazy Ju bem que tentou passar a faixa, mas pode voltar a beijar o ventilador. Temos também Thali-tali-tolá, que promete disputar com boas chances também. Do lado masculino, Zé Fariseu Nato surge como um novo candidato, e também com um novo canino, já que deixou um pedaço do seu dente incisivo lateral no chão da festa. O fariseu ainda voltou num visual, digamos, depravado para casa, trajando apenas uma cueca branca, para o desespero de Dna. Nilma. Daniel Caixa de Gordura que se cuide.

Padre Alex, discípulo de Daniel Sunga Poída, mostrava seus passos de axé de araque importados da capital federal a milímetros do chão. Ao final, misturados a Zé e Padre Alex, Paroara, Dá Aghora, Valderrusso, Rodolphitness, Crazy Ju e cia comandavam um esquisito forró, “brabo” mesmo, com toda a “malemolência” que Sr. Sem Jeito lhes ensinou.








A verdade é que poucos ficaram lúcidos para contar depois o que viram. Valeu pela presença maciça da galera. Juntar esse povo, que tinha aldeenses do Pará a Brasília, de gaitistas a amantes de rave, surfistas a marombeiros, codornas a ursos, passando por ratazanas, não foi fácil.
Fim do ano tem mais. Esperamos que sem a presença da inconveniente chuva trazida pela zona de convergência do Atlântico Sul e com a benção de São Pedro.
Por fim, vamos comemorar, mais que o sucesso da confraternização, a descoberta científica mais importante do ano, uma vacina contra a leptospirose: cachaça.

Abração,
O editor.